segunda-feira, 8 de novembro de 2010

lá do alto.

Do alto do morro havia alguém.
Observava tudo com seus olhos de águia...deixava-se ventaniar pelo ar fresco e quente que fazia ali em cima. Deixava queimar pelo sol que vinha direto e reto arder a pele clara, e ja queimada.
Do alto, havia alguém que via todos os meus passos... e cantava uma musica para cada esvoaçar de pano de saia.
Que por hora, ficava em silencio e quieto enquanto me descabelava com as coisas da vida, do céu, do agito do mar no dia em que queria uma calmaria, sem ondas...
Eu sentia que às vezes, soprava um reconforto em meus ouvidos... "você sabe aonde ir"...
E no fundo, eu sempre me lembrava...
Hoje me sussurrou algo que nao entendi... e passei o dia pensando, pensando, pensando...tentar decodificar algum simbolo sonoro..e nada me vinha à mente...
àsvezes acho que nao é palavra.
é afeto que me diz.
Mas como se sussurra afeto ao pé do ouvido sem palavras?
como se sussurra afeto pro mundo, sem precisar ser compreendido e simplesmente sentido?

às vezes a angústia é querer ficar achando nome pro vento que faz evoaçar a barra da saia.
Mas ele nao tem nome, nem direção.
É vento.
É gente.
É alguém e alguéns.
Que me olha lá de cima. silencia por muitos dias seguidos, e de repente canta coisas bonitas que às vezes só eu posso escutar.

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