quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ocividade.

Em vez de acordar cedo, levanta o corpo depois da hora marcada.
A música do primeiro cumprimento do dia nao tocou hoje, e o sonho quis um tempo maior para correr atras do prejuízo...
Nunca tinha prestado atenção nos ponteiros do relogio da cozinha, como eram ligeiros.
Os afazeres estavam se acumulando ao mesmo tempo em que iam com a descarga que ouvira logo de manhã.
O ócio voltava a fazer parte dela, e isso muito incomodava.
Nada fazia com que ele fosse criativo, pelo contrario...se repetia, repetia, repetia, e paralisava a ação.
Os ponteiros nao só era ligeiros, como em alguns momentos esperniavam!! Falavam alto demais, atrapalhava os momentos de nao fazer nada.

Era um jeito de suportar alguma coisa que doía.
Ao mesmo tempo em que nao se suportava o ócio.
Isso sim é que é uma produção social da não atividade, o sentimento descpnfrtavel que gera a impressao de inutilidade...inutil pois nao trabalha, nao há produto no final do processo, não há material objetivo, nem subjetivo.

"O que fizeste nos ultimos 6 dias?"
"Não sei...não me lembro"

A memória começa a se aliar ao negócio.
E então, tudo parece se aliar ao negocio... o tempo, os ponteiros, a culpa, a angustia, a memoria, o riso, a inspiração, a criatividade, a vida.

E como ela vive? Se tudo parece ser engolido desenfreadamente pela atividade incessante?
Se a solidão não cria mais sensação de auto-conhecimento? Se os sonhos parecem ficar presos à noite escura, e desaparecem do mundo quando esta acordada?

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