domingo, 30 de janeiro de 2011

ao som de cantoluna - song from a secret garden

Os passos caminham trêmulos.

Pisam o chão com uma nitidez obscura, como quem não sabe se pisa em terra, areia ou água.

Por fim, era terra. Areia. E água.

Que manchavam os dedos da sua cor preferida, e deixava marcas pra trás...

Manchar os pés não é tão ruim... deixar marcas também não.

Podem saber o caminho que percorro...as horas que paro, me demoro, outras em que danço ou corro.

Podem saber tudo pelas marcas que ficam. Os passos trêmulos. Os passos longos. Outros ligeiros...

Ás vezes me deito na terra...e giro com ela.

Mancho o corpo todo.

Deixo marcas no chão.

Marcas que ficam, e se demoram...

Se demoram...

Se demoram...

Me levanto.

Saio da cena.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

outra frequencia.

Um olhar pro vento que entra nos cômodos da casa. Antes, um frio, um incomodo. Hoje, uma brisa que chega para dar bom dia...
Dantes, algumas subidas no morro seriam suficientes pra fazer o ar parar de entrar...hoje apenas algumas cócegas inocentes de que se ama, já o fazem...
Aquela boneca que estava guardada por trazer lembranças lindas e infinitas da infancia na casa da vó, hoje não é mais necessária para que se fixe no armário de memorias, momentos como aqueles...
Perder o sentido tem muitos sentidos.
A vida às vezes perde seu sentido, e nos faz inventar outros... E quem estava nos acompanhando naquels estrada, se nao olhar pra onde damos a seta, nao saberá nosso caminho...
Mas podemos nos falar de longe, hoje existem as tecnologias...
Antes elas faziam sentido para a comunicação...Hoje, nao preciso mais delas. Conecto-me com minha irmã em pensamento, em vibração com o mundo.
Conecto-me com o mundo e seus artistas incessantes pela vida, e a frequencia em que ela vibra...
Há quem viva isso. Há quem compreenda. Há quem nao queira participar deste encontro...
E tudo bem, afinal, as frequencias sao multiplas!
E viva a diversidade humana, emocional, intelectual, vital, corporal, sexual, natural!
Viva a diferença...e viva sempre em nossos corpos...
Antes, perder o sentido fazia ter medo. Era ruim. Era grande e imenso.
Hoje, é isso mesmo...um exercício para quem está vivo...
O desapego é sempre um apego a outros modos de relação...
Deixar a paz entrar...não precisa fazer barulho pra se ter uma festa!
Posso ser a festa, o quanto e quando quiser....
Ser sério e feliz. Querer rir de outras coisas. Querer viver outras danças. Falar outra lingua, outro sotaque. Vibrar em outra frequencia...
Antes um parto dificil, hoje, um momento a ser degustado com todos os sabores...
A isso?
Eu chamo amor.