domingo, 30 de janeiro de 2011

ao som de cantoluna - song from a secret garden

Os passos caminham trêmulos.

Pisam o chão com uma nitidez obscura, como quem não sabe se pisa em terra, areia ou água.

Por fim, era terra. Areia. E água.

Que manchavam os dedos da sua cor preferida, e deixava marcas pra trás...

Manchar os pés não é tão ruim... deixar marcas também não.

Podem saber o caminho que percorro...as horas que paro, me demoro, outras em que danço ou corro.

Podem saber tudo pelas marcas que ficam. Os passos trêmulos. Os passos longos. Outros ligeiros...

Ás vezes me deito na terra...e giro com ela.

Mancho o corpo todo.

Deixo marcas no chão.

Marcas que ficam, e se demoram...

Se demoram...

Se demoram...

Me levanto.

Saio da cena.

Um comentário:

  1. As marcas estão agora no chão, em você, e muitas coisas e em muitas lugares..todos marcados agora por fim. viver é um etcétera de deixar marcas e ser marcado, em areia, terra, água, caminhos....

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